Rádio Franco Portuguesa e a Cidadania: Autoridade

Para podermos viver em sociedade torna-se imprescindível orientação para que consigamos coexistir em harmonia. Para tal torna-se necessário a existência de regras e de autoridade.

Normalmente a palavra autoridade não é bem aceite por muitas pessoas porque a associam a Autoritarismo. Vejamos as diferenças:

Consideramos que uma pessoa que entende muito de determinada área do conhecimento seja uma "autoridade" nesse campo. No entanto, quando nos referimos "à autoridade" ou "às autoridades", falamos já da autoridade policial, do poder político e do Estado (Poder administrativo) ou a outras como são exemplo as instituições militares ou os tribunais.

Quando uma pessoa, um grupo ou uma instituição tem o direito de fazer cumprir ordens e fazer-se obedecer, diz-se que detem "autoridade". Esta Autoridade implica a obrigação de regulamentação das relações sociais e a resolução de conflitos que possam ocorrer. A autoridade dirige as actividades de grupos sociais e estabelece programas e regras com objectivos comuns.

Só quem possui qualidades reconhecidas por todos: capacidade de liderança e de relacionamento com os outros, conhecimento e experiência pode exercer a autoridade com legitimidade. O exercício da autoridade deve contemplar sempre as Leis, a dignidade humana e as normas que regem a convivência social.

Autoridade é diferente de autoritarismo. Quando se utiliza a intimidação, o terror ou a força para se impor determinada vontade ou se criam leis para manter o poder nas mãos de alguém, isso é autoritarismo pois, não se encontra ao serviço da justiça nem da liberdade dos cidadãos. Ao mau uso da autoridade chama-se autoritarismo.

Saber viver em liberdade, de forma responsável, significa reconhecer na autoridade a defesa da justiça e da paz social. A autoridade garante a ordem social e regula a liberdade individual de todos os cidadãos e por isso, deve ser reconhecida como um dos pilares da Democracia.

Bibliografia: Nós e a Cidadania, Plátano Editora - 2008